“Bate moleque” e a memória do Quebra de Xangô
- Luiz Henrique B. Carvalho
- 20 de jul. de 2018
- 1 min de leitura
Atualizado: 24 de jul. de 2018

Em todos os cantos do Brasil, o povo de terreiro sofreu com a perseguição religiosa. Em Alagoas, não poderia ter sido diferente. No ano de 1912, os terreiros de candomblé entre Mundaú e mar foram violentados por causa de um embate político, dentre os diversos que sangraram a história do estado alagoano. O episódio chegou aos livros didáticos como um grito da intolerância religiosa do século XX.
A banda Vibrações, em seu álbum “Quilombagem” (2010), debruça-se sobre a memória dilacerante das depredações dos terreiros, que teve em Maceió símbolo histórico para representar o Brasil. “Bate Moleque” revisita o passado, cuspe as dores dos antepassados e evidencia a luta de uma tradição. Na melodia da canção, reverbera a esperança de que um dia há de se haver justiça nessa terra, porque “é forte e afiado o machado de Xangô”.
Além disso, a banda também produziu um curto vídeo a respeito do Quebra:
Em primeiro de fevereiro de 2012, o pedido de perdão oficial do Governo de Alagoas a religiosos de matriz africana foi assinado, um século depois do ocorrido.
É importante que agentes culturais, como a banda Vibrações, revisitem o passado e tragam luz à história do povo de santo, para jamais ser esquecida.
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